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Por Rafael Lopes
Comentarista de automobilismo do 💳 Grupo Globo
Voando Baixo — Rio de Janeiro
01/02/2024 06h00 Atualizado 01/02/2024
A grande notícia desta semana no mundo 💳 do automobilismo até agora foi, sem sombra de dúvidas, a rejeição por parte da Fórmula 1 (aqui, importante, falo da 💳 Formula One Management - FOM - de propriedade da americana Liberty Media) do pedido de inscrição da Andretti Global para 💳 a temporada de 2025. Era uma novela que se arrastava desde 2 de outubro de 2023, quando a Federação Internacional 💳 de Automobilismo (FIA) anunciou que havia aceitado o pedido de inscrição do time americano. As justificativas do lado comercial da 💳 F1 estão em aposta casa ou fora um longo comunicado, com 20 itens, publicado no site corporativo da categoria (leia a íntegra aqui 💳 - em aposta casa ou fora inglês). Mas se engana quem pensa que este processo se resume apenas à entrada de uma nova 💳 equipe na maior categoria do automobilismo. É mais um capítulo da Guerra Fria entre FIA e Liberty Media, que vem 💳 desde a eleição de Mohammed Ben Sulayem para a presidência da FIA no fim de 2024.
Já escrevi algumas vezes aqui 💳 no Voando Baixo sobre a relação entre FIA e Liberty Media. Nos últimos anos, a entidade comandada por Mohammed Ben 💳 Sulayem tem tentado, por seguidas vezes, mostrar aos americanos da empresa dona dos direitos comerciais da Fórmula 1, quem é 💳 que manda. Só que, como sabemos muito bem, no automobilismo é o dinheiro que dá as ordens - "cash is 💳 king", diria um certo heptacampeão mundial. E nisso, quem está com a vantagem são os americanos da Formula One Management 💳 (FOM), que aumentaram o valor de mercado e os lucros da categoria desde a aquisição no fim de 2024. E 💳 é justamente aí que temos a Andretti Global tentando entrar na maior categoria do automobilismo mundial. E como nos negócios 💳 não existem santos ou inocentes, a equipe interessada resolveu se aproveitar desta Guerra Fria.
Vitória da Superliga na Justiça pode ter 💳 impacto na F1Negócio inacabado: a turbulenta ida de Michael Andretti à F1
Comunicado da FOM com a negativa para a entrada 💳 da Andretti Global na temporada de 2025 da F1 — 
: Reprodução/F1
A primeira tentativa da Andretti entrar na Fórmula 1 💳 data de outubro de 2024. A ideia, na época, era comprar a Sauber, que não vivia bons dias na categoria 💳 e tinha vendido seu naming rights para a Alfa Romeo na ocasião. Segundo Michael Andretti, ex-piloto e atual dono da 💳 empresa, o negócio estava praticamente fechado, quando a equipe suíça voltou atrás. Cerca de um ano depois, o time oficializou 💳 a venda para a Audi, montadora do Grupo Volkswagen, que estreará na categoria em aposta casa ou fora 2026. Com isso, a Andretti 💳 passou a buscar uma possível 11ª vaga de equipe na F1 e se inscreveu no processo aberto pela FIA em 💳 aposta casa ou fora 22 de março de 2023 - à revelia da Liberty Media. Quando a equipe americana fez essa escolha, passou 💳 a ser um "peão" importantíssimo na briga de Ben Sulayem contra os donos da Fórmula 1. E um "peão" com 💳 uma popularidade importante.
Afinal, se a FOM negasse a entrada da Andretti na Fórmula 1, um sobrenome com enorme tradição - 💳 dentro e fora das pistas - no automobilismo, seria um enorme golpe na popularidade da categoria. Dito e feito. Desde 💳 quando a FIA anunciou a aprovação do pedido da equipe americana, em aposta casa ou fora outubro do ano passado, boa parte dos 💳 fãs da categoria se colocaram ao lado do time chefiado por Michael Andretti. E, automaticamente, colocaram a Liberty Media em 💳 aposta casa ou fora maus lençois. De quebra, a nova estrutura ainda contava com o grande apoio da General Motors, que seria a 💳 fornecedora de motores da equipe através da marca Cadillac a partir da - atenção para a data - temporada 2028. 💳 Em suma, um combo de impopularidade para a Liberty Media perante aos fãs.
As corridas de Endurance têm participação da Cadillac 💳 há alguns anos, com bons resultados — 
: Divulgação/IMSA
Mas vamos aos buracos da história: a inscrição, no entanto, seria já 💳 para 2025. Ou seja: a Andretti teria de correr três anos sendo cliente de outra montadora para ter uma unidade 💳 de potência. E ainda mais importante: precisaria construir um carro para o regulamento atual e outro para o de 2026, 💳 quando as regras mudarão novamente. Dois pontos que não custam barato na Fórmula 1 atual. Isso sem falar na resistência 💳 das fabricantes em aposta casa ou fora vender motores para a Andretti sabendo que poderiam estar passando informações indiretamente para os técnicos da 💳 GM, que nunca construíram uma unidade de potência para a Fórmula 1 atual.
Como já era esperado, a FOM negou a 💳 inscrição da Andretti baseada em aposta casa ou fora motivos comerciais - muito além do que vocês leram por aí na imprensa. Podemos 💳 discutir tudo isso, mas li o comunicado inteiro algumas vezes. São razões bem plausíveis, diante da atual gestão da Fórmula 💳 1. E mais importante - e este detalhe é essencial: a Liberty Media fechou as portas para a Andretti em 💳 aposta casa ou fora 2025, mas deixou abertas para 2028, quando a GM/Cadillac teráaposta casa ou foraunidade de potência pronta para estrear na categoria, 💳 segundo o cronograma apresentado pela montadora americana. Ainda segundo o comunicado: "neste caso, existiriam fatores adicionais a serem considerados em 💳 aposta casa ou fora relação ao valor que a Andretti traria para o Campeonato, em aposta casa ou fora particular no que diz respeito à contratação 💳 de uma nova montadora de prestígio para o esporte como fornecedora de unidades de potência". Faz sentido, não é? De 💳 qualquer forma, a equipe americana, se quiser realmente entrar em aposta casa ou fora 2025, ainda pode buscar a Justiça da União Europeia, 💳 apelando para as leis antitruste. A conferir.
Logo da atual Andretti Autosport, que tem representações em aposta casa ou fora várias categorias no automobilismo 💳 — 
: Michael Allio/Icon Sportswire via Getty 
Franquias e o Pacto da Concórdia
Greg Maffei, CEO da Liberty Media, conversa com 💳 Stefano Domenicali, CEO do Grupo Fórmula 1 — 
: Dan Istitene/F1 via Getty 
Outros dois pontos importantes do comunicado da 💳 FOM - e que eu vi pouca gente abordar: a Andretti foi convidada para uma reunião presencial com a Liberty 💳 Media em aposta casa ou fora 12 de dezembro de 2023 - e não aceitou. A FOM também frisa que "a avaliação não 💳 envolveu consultas às atuais equipes da F1, mas que foi levado em aposta casa ou fora conta o impacto da entrada de um 💳 11º time em aposta casa ou fora todos os participantes do campeonato". E esse trecho nos leva a dois itens importantíssimos - sendo 💳 que um deles deve dominar as discussões nos bastidores da F1 nos próximos dois anos.
Desde a aquisição, a Liberty Media 💳 tenta implementar o sistema de franquias na Fórmula 1, um modelo extremamente bem sucedido no esporte americano. Simplificando ao extremo, 💳 seria tornar sócias do campeonato as equipes participantes, fortalecendo-as. Por isso foram adotadas medidas importantes de redistribuição de premiação, para 💳 que o abismo entre as grandes e as pequenas diminuisse - ainda que os times tradicionais tenham mantido seus privilégios. 💳 O resultado é claro: os americanos pegaram uma categoria com algumas equipes à beira da falência e melhoraram - e 💳 muito - a situação financeira delas. Não ouvimos mais falar sobre isso, inclusive, há alguns anos. A ideia da Liberty 💳 é simples: fortalecer cada vez mais as franquias existentes, melhorar o nível do campeonato (se a FIA - órgão regulador 💳 - não atrapalhar, é claro) e, só aí, abrir a possibilidade de expansão para mais uma vaga.
Bernie Ecclestone, ex-chefão da 💳 F1, e Jean Todt, ex-presidente da FIA, seguram a edição de 2013 do Pacto da Concórdia — 
: Vladimir Rys/Getty 💳 
E, por último, a discussão que eu disse que vai dominar os próximos dois anos. O Pacto da Concórdia, documento 💳 que rege as relações comerciais da Fórmula 1, vence no fim de 2025. Este documento envolve três partes: equipes, FIA 💳 e FOM (Liberty Media). Como equipes e FOM estão alinhadas, teremos algo bem na linha do que elas pretendem. E 💳 um dos pontos que deve ser alterado é justamente a taxa de inscrição para um novo time na F1 - 💳 hoje em aposta casa ou fora US$ 200 milhões (R$ 991 milhões). Esse valor deve aumentar bastante, principalmente por causa da valorização da 💳 categoria nos últimos anos. É outro motivo para que a Andretti tenhaaposta casa ou forainscrição para 2025 recusada. Afinal, mais dinheiro 💳 pode entrar no jogo com uma possível entrada da equipe americana na temporada de 2028.
Minha opinião sobre isso tudo? Sinceramente, 💳 pouco importa. O que acho importante, sempre que alguma decisão soar estranha no automobilismo, é olharmos os bastidores, as entrelinhas. 💳 Nem tudo é o que parece. Há muito além do que uma declaração. Há muito além do que um comunicado. 💳 Guerras normalmente se travam longe dos holofotes. É o que estamos testemunhando agora. E, repito, no mundo dos negócios não 💳 existem santos ou inocentes. E a F1 é um esporte que é um negócio. Ou um negócio que é um 💳 esporte. Ou vice-versa.
Mohammed Ben Sulayem e Stefano Domenicali conversam no paddock do GP de Abu Dhabi — 
: Dan Istitene/F1 💳 via Getty 
Na Ponta dos Dedos: Leclerc e Sainz
NA PONTA DOS DEDOS 08/11/2023 - Charles Leclerc e Carlos Sainz
Perfil Rafael 💳 Lopes — 
: Editoria de Arte/GloboEsporte.com
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